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Título: Momo Autor: Michael Ende Ilustrador: --- Editor: Presença
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Sobre o livro
Momo é um clássico com mais de quatro décadas de existência. Todavia, não há nada que leve o leitor actual a suspeitar. No final o escritor, num apontamento metaficcional, relata o encontro com o narrador da história que nos dá agora a ler e de como este o deixa com uma frase paradigmática: "- Contei-lhe tudo isto – disse ele – como se já tivesse acontecido. Também o poderia ter contado, como se estivesse para acontecer no futuro. Para mim a diferença não é assim tão grande." Momo é uma menina que vive sozinha nas ruínas de um anfiteatro romano. Ninguém sabe de onde veio, nem que idade tem ao certo mas um grupo de pessoas das redondezas zela por ela. Todos os que a conhecem procuram-na para conversar, festejar ou brincar. Momo é como o bom selvagem, incorruptível. Por isso, quando a cidade é invadida por um exército que começa a roubar o tempo das pessoas, só Momo consegue resistir e salvar a comunidade. As acções e o discurso persuasivo deste exército convencem-nas a não perder tempo hoje para acumular para o futuro. Ganância, ilusão, inveja, competição, violência são alguns dos sentimentos que proliferam. Momo descobre então um poder que desconhecia. Por isso acede ao segredo do próprio tempo. Nesta parábola sobre o ser e o ter, a exploração do outro, o valor do trabalho e claro, sobre o próprio valor do tempo, o discurso escorreito não tende a grandes dissertações. Os juízos ficam a cargo do leitor. Assim, de um tema tão complexo, nasce uma narrativa simples que consegue acolher múltiplas referências e níveis de leitura.
Palavras-chave
Tempo, amizade, poder, liberdade, fantasia
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